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ago
19

Conhecendo Ulaanbatar

Acordamos eram quase 9:00h da manhã. Não só entramos no fuso como até passamos… Mas como o dia era de reconhecimento da capital não teve problemas. O Paleontólogo já nos esperava no Café Amsterdam para um pequeno briefing de como seria a expedição. Nos alertou dos perigos do deserto, pois estaremos voando literalmente no meio do nada! Qualquer pequeno incidente pode se tornar algo muito sério devido a dificuldade de transporte e deixou claro: Somente se vocês tem certeza das condições decolem! Continuou dizendo que faremos mais de 2000Km em estradas off-road com os motoristas Mongóis que dizem são bons, correm a mais de 140Km/h em locais que nem se vê a estrada…. Também nos alertou em deixar os excessos de roupas e outras coisas por aqui pois só teremos acesso as malas uma vez ao dia quando chegarmos aos Ger’s.

Terminada a reunião tivemos o dia liberado para caminharmos pela Capital. Nem sei por onde começar, é tudo muito diferente. Muito contraste de riqueza e pobreza, asfalto com calçadas de terra, azul do céu com o marrom de deserto… Nos pareceu a primeira vista uma cidade muito desorganizada e ainda em evolução. As construções, ao mesmo tempo que se tem prédios suntuosos e modernos tem também casas de madeira ou até mesmo tendas como moradia. Parece um grande acampamento cigano em meio a uma cidade em crescimento econômico. O povo é oriental mas seguem moda do ocidente. nos pareceu simpáticos e hospitaleiros. Eles são mais troncudos que Japoneses ou Chineses e agora dá pra entender porque eles levavam vantagem nas lutas da época de Genghis Khan pois todos os homens aqui parecem ser muito fortes. As mulheres também são mais incorpadas comparadas as outras orientais.

Visitamos um monastério que fica no centro da cidade e deu pra fazer algumas imagens que mostrarão a cultura local. Presenciamos até um casamento cujo noivos e convidados estavam vestido a caráter com roupas muito diferentes e belíssimas. Um senhor bem idoso calçava inclusive uma bota tradicional da Mongólia com o bico gigantte e curvo. Na entrada deste local fui abordado por um Mongol do meu tamanho mas muito forte que falava algo que eu não entendia. Raffaele, que estava ao meu lado, pensou que era pelas filmagens que eu fazia mas logo percebí pelo cheiro que se tratava de um bêbado. Comecei a irritar-me com a situação e mandei o cara andar mas ele nos seguiu e em certo ponto tentou arrancar a filmadora da minha mão. O que ele queria era nos filmar para ganhar uns trocados mas eu não quis mais conversa e vendo que este estava estranho falei muito bravo para me impor e sai. Um rapaz que via a situação entendeu e veio nos ajudar puxando-o forte pelo braço e nos dando tempo para nos afastar. A situação ficou tensa! Mas logo depois tudo se acalmou e pude fazer minhas imagens sem problemas.

Andamos por vielas que pareciam favelas daqui. Local que turista não se arriscaria mas não sentimos que era um perigo eminente. O Kolumbus estava relutante e ficou meio cabrero mas quem deu a idéia foi o Alfredo que garantiu ter visto a saída para uma grande avenida. Aliás o Alfredo me surpreende, apesar de ser o mais velho da turma é o que tem mais disposição! Ele é de boa, divertido e topa tudo. Não reclama de nada e com toda a sua vivência sempre nos auxilia com sábios conselhos. Excelente companhia mas sabemos que no deserto será dura a situação pois de dia a temperatura pode chegar a 40 graus sem sombra! Aliás, aqui na capital também está calor e o Alfredo e Kolumbus estão sempre a procura de uma sombra.

Chegamos a uma importante praça onde está o Parlamento da Mongólia. Uma praça imensa com belas construções ao redor, prédios alto e lojas como Louis Vitton e Ermenegildo Zegna, mas é melhor nossas mulheres nem se animarem!!! No centro da praça a figura do herói nacional Genghis Khan ainda jovem montado em seu cavalo com os braços erguidos e ao fundo bem no centro do prédio do parlamento novamente ele, mas agora sentado já mais velho como que querendo mostrar sua jovialidade nas batalhas que conquistaram o maior império da humanidade e sua sabedoria e governar o povo durante anos unificando tribos diversas.

A capital nos pareceu muito bem preparada para receber o turismo pois existem muitos restaurantes, bares, cafés e muitos com requintes europeus e modernos, a maioria com Wi Fi Zone ondr podemos ainda nos conectar com o mundo, pois a partir de domingo Bye Bye… Será quase impossível encontrar conectividade.

Almoçamos em um aconchegante restaurante em frente a praça do parlamento e o menu foi filé de frango empanado e cebolas empanadas . A fritura deles é muito saborosa e sequinha. Ainda comeremos a comida tradicional pois quando entrarmos nos desertos o prato principal será carnes de caça.

Como caminhamos muito encontramos um local que faziam reflexologia e massagem nos pés. Eu e Benetti encaramos essa pois sabemos o quanto vamos stressar nossos pés nas longas caminhadas pelo deserto. Foi realmente uma surpresa e quando tornamos a caminhar retornando ao hotel parecia que pisávamos em veludo de tão relaxante que foi.

Jantamos em um outro local muito bacana onde havia uma banda ao vivo tocando Rock’n'roll Mongol. Eram muito bons os músicos, apesar de jovens e a comida estava muito boa. Corden Bleu com legumes…. Por enquanto nenhuma surpresa em nossas refeições.

Agora vou dormir…. Edson e Alfredo já embarcaram faz tempo….