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08

Perguntas e Respostas

1) Quando e por que você começou a voar de paramotor?

R: Comecei no voo livre em 1999 por incentivo de um amigo e me apaixonei pelo esporte, me dedicando integralmente a ele. Em pouco tempo eu já havia adquirido experiência para tornar minha paixão uma profissão. Em 2004 recebí uma proposta de trabalho com o paramotor, e comecei nesta modalidade de voo que hoje é a minha vida. Na época precisei buscar conhecimento fora pois o esporte no Brasil era praticado de forma amadora e por pouquíssimos pilotos. Comecei a importar paramotores da Itália e incentivar o crescimento organizado do paramotor no Brasil.

2) Qual a dimensão do paramotor no Brasil? O esporte tem crescido? Existem mais ou menos quantos praticantes no Brasil? E no mundo?

R: O paramotor é um esporte que vem crescendo de forma acelerada no Brasil e no mundo. Por sua segurança e praticidade muitos pilotos vem sendo formado e também migrado de outras modalidades aéreas. Atualmente no Brasil somos em cerca de 600 pilotos e países como EUA, Japão e Europa em geral são grandes centros do paramotor no mundo.

3) E o futuro do paramotor no país, você acha que o esporte pode crescer?

R: Muito! O Brasil possui condições ideais para a prática do esporte em todo o seu território.

4) Há quanto tempo você dá aula de paramotor?

R: Ministro cursos desde 2006. Sou o instrutor que mais formou pilotos no Brasil, cerca de 120. Desenvolvi as técnicas usadas atualmente em cursos e criei uma metodologia de exercícios práticos que levam o aluno a operar o equipamento em um curto espaço de tempo, cerca de 8 a 10 dias..

5) Como foi o trabalho que você fez com a Marinha do Brasil?

R: A Marinha nos procurou para formarmos 4 fuzileiros do Grupo de Operações Especiais para operar o paramotor em manobras militares. O reconhecimento do meu trabalho foi tão grande que fui especialmente convidado a participar de um treinamento de guerra realizado no Espírito Santo em 2009. Lá tive a oportunidade de interagir com os equipamentos da Marinha e desenvolvi uma técnica para lançamento de carga aérea para ressuprimento de tropas e outras de infiltração e transporte de passageiro.

6) Como surgiu a iniciativa da expedição?

R: A Mongólia é o maior sítio paleontológico do mundo e pilotos italianos em contato com cientistas daquele país pensaram em utilizar o paramotor para rastrear uma maior área com uma visão privilegiada do alto do relevo. Eles começaram a organizar essa idéia e selecionar pilotos de diversos países conforme a habilidade de cada um.

7) Quem está organizando o Globe Explorer Team – Mongolian 2011?

R: Grupo de Pilotos Italianos.

8) Por que a Mongólia foi o local escolhido?

R: Devido ao clima favorável para a conservação de fósseis, a Mongólia é hoje o maior sítio paleontológico do mundo. Além disso temos as dificuldades do clima local e relevo formado por desertos e estepes que ditarão os desafios que iremos encontrar.

9) Por que você acha que foi recrutado pelos italianos?

R: Devido minha habilidade como Piloto e experiência em filmagens aéreas.

10) Por quais regiões da Mongólia vocês vão passar exatamente?

R: Ulaanbatar (Capital), Parques Nacionais como Hustaii, Kharkorin (antiga capital de Ogodei – onde nasceu Gengis Khan), Orkhon Falls, Ongii (portal para o deserto de Gobi), Khongoryn (deserto de Gobi), Bayanzag (importante sítio paleontológico), Mandalgovi e retornamos a capital.

11) Qual a expectativa para a expedição?

R: Após a análise das imagens aéreas a possibilidade de abertura de novos sítios paleontológicos na região, interação do choque de culturas entre os pilotos e comunidade local, realização de um documentário com as imagens registradas.

12) Quais as dificuldades que você acha que vai encontrar?

R: No voo: Clima inóspito com variações radicais da direção e intensidade dos ventos aliado a necessidade da captação de imagens aéreas (para isso foram adaptados suportes para câmeras especiais em nosso paramotor)

Durante a viagem: A dificuldade das estradas pelos desertos, os acampamentos improvisados, a dificuldade na hora da alimentação (não teremos horário certo) e o clima que varia muito da noite pro dia)

13) Qual a meta diária de vôo (quantas horas, quilômetros etc por dia)?

R: Temos uma meta de cerca de 3 horas de voo por dia a uma velocidade média de 40Km/h o que nos rende a expectativa de 120Km diários.

14) De que forma vocês vão interagir com a cultura local?

R: Vamos propor passeio com algumas pessoas dos locais que passaremos em voo duplo, mostrar nossos equipamentos a eles e procurar compreender com a mente aberta uma cultura tão diferente da nossa.

15) Qual o seu objetivo pessoal com a expedição?

R: Meu objetivo é realizar o trabalho de captação aérea com excelência e poder ajudar com as minhas habilidades no que for preciso. Poder crescer como pessoa e piloto através da troca de informações culturais não só com os habitantes da Mongólia mas também com os outros pilotos estrangeiros que participarão da expedição e finalmente vislumbrar um pouco da magnitude de Deus em criar cenários tão espetaculares como o relevo da Mongólia.

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